Um legado para a história de Peixoto de Azevedo
Dia 16 de Fevereiro completou dois meses do falecimento do
pioneiro Antônio Guedes Ferreira. Toninho como era conhecido por todos em
Peixoto de Azevedo chegou ao município no ano de 1987 para assumir o tabelionato
do Cartório. Desde então passou a fazer parte da história e conquista do
município que escolheu para morar.
Toninho viveu por 24 anos em Peixoto de Azevedo, onde criou
os filhos e a eles deu uma formação. Do primeiro casamento tem os filhos,
Silvio, Cesar, Sergio e Sidnei. Já do segundo casamento, com dona Rita Eunice de
Arruda, os filhos Ryann e Enzo.
Filho de Jorge Guedes e de dona Maria Guedes, Toninho nasceu
em 1950 na cidade de Ipê no Estado de São Paulo e em 1980 veio para Mato Grosso
onde conheceu a cidade de Colíder e ali passou a trabalhar na compra de cereais,
principalmente café. Com a família morando na cidade de Maringá, estado do
Paraná, Toninho vivia transitando entre uma cidade e outra até que em 1984
resolveu fixar residência em Colíder. Nesta mesma época, seu irmão João Guedes,
se elegeu prefeito do Município. Ainda em Colíder, Toninho foi convidado a
participar do Rotary Clube Internacional.
Em 1987 foi nomeado pelo juiz da Comarca de Colíder, Dr.
Geraldo Barretos, que na época conglomerava toda a região, tabelião do cartório
de Peixoto de Azevedo. Desde então fixou residência no município
recém-criado.
Naqueles tempos Peixoto de Azevedo começava sua caminhada
como município. Recém-criado começava a ser instalada a cidade que precisava de
tudo. Toninho ao lado de outros companheiros abraçou a causa e partiram para
luta na busca de melhorias para a cidade que tinha como base econômica a
mineração, o garimpo de ouro. Peixoto de Azevedo era considerado um dos maiores
produtores de ouro do país ao lado de Alta Floresta e Serra Pelada no
Pará.
Rotariano, entidade que presidiu no município quando criou o
Rotaract Clube e participou de várias comissões, como a construção do Fórum, da
extensão de rede de energia de Colíder até Guarantã do Norte, da Telefonia e da
construção da cadeia pública, que hoje funciona como presídio da região.
Visionário, Toninho lutava por um Peixoto de Azevedo melhor e
sempre esteve ao lado de políticos e representantes de classe buscando o melhor
para sua cidade. Empunhou junto com a população várias bandeiras de luta que
deram ao município a condição de polo regional.
Toninho sempre quis o melhor para sua cidade e para seus
filhos, por isso almejava ver todos formados e trabalhou para que isso
acontecesse.
No final de 2011, já com a saúde um pouco debilitada,
resolveu mudar para a capital do estado para tratamento. Por acaso do destino,
no trecho entre Nova Mutum e Posto Gil, um trágico acidente ceifou a vida de sua
esposa Rita. Toninho e o filho Enzo foram encaminhados para o hospital. Enzo
sofreu poucos ferimentos, mas Toninho até mesmo pela idade teve complicações
mais graves.
Por uma semana ficou em coma. Teve morte encefálica anunciada
e no dia 16 de dezembro a sua morte. Toninho retornou a Peixoto de Azevedo,
terra que ajudou a construir.
Toninho deixou um legado de realizações, que serão
eternamente lembradas por todos, pois o que está escrito na história não se
apaga.
Fonte: PeixotoOnline
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