Ações da Escola de Contas em 2016 superaram as expectativas

A qualidade nos serviços prestados à sociedade pelos órgãos públicos do Estado e municípios passa pela capacitação constante dos seus gestores e servidores.

Brasileiros lideram em número de jornalistas mortos em 2016

Em outubro, o Brasil aparecia em quarto lugar no ranking da ONG Repórteres sem Fronteiras.

Alesc aprova PEC que altera forma de publicação dos atos públicos dos municípios catarinenses

Para o presidente da Adjori/SC, Miguel Ângelo Gobbi, a ampla divulgação da aplicação dos recursos é imprescindível para garantir a transparência dos gastos municipais.

Presidente do TCE-MT recebe comenda da Câmara de Cuiabá

O presidente do TCE, conselheiro Antonio Joaquim, foi homenageado com o Título Honorífico do Mérito Legislativo "Gervásio Leite".

Estratégia da Assessoria de Comunicação é case de sucesso do TCE-RS

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul apresentou a estratégia da Assessoria de Comunicação Social (ASC) como case de sucesso durante o Seminário Boas Práticas no V Encontro Nacional dos Tribunais de Contas.

TCE apresenta primeiros resultados da auditoria no transporte coletivo da Grande Cuiabá

A Secretaria de Controle Externo de Auditorias Especiais do Tribunal de Contas de Mato Grosso fez uma apresentação de informações para a auditoria no transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A IMPRENSA LOCAL EM MATO GROSSO CAMINHA PARA A FALÊNCIA TOTAL...

A história, em todos os tempos e lugares, se faz com a tradição, passada de geração em geração e com os documentos escritos ao longo da vida de cada comunidade e assim também é que chega até os dias de hoje os relatos dos acontecimentos, desde a mais perto, aos mais distantes rincões.
O que estamos assistindo hoje, tanto em Mato Grosso, como em outros estados brasileiros, é o desmonte gradativo da imprensa local, como meio de informação ou formação de idéias daqueles que tem o hábito da Leitura.
Para que possamos ter uma visão global da situação atual, é importante citar que a imprensa, em seus meios e condições sempre foi o monopóleo de poucos em detrimento de uma grande e esmagadora maioria, isto falando do Brasil.
Como alternativa, a imprensa local, que geralmente é feita por pequenas empresas familiares, em cada município, requer uma atenção especial, quer seja dos empresários, (comércio e indústria), amparada ainda, pelos meios econômicos e políticos de cada municipio, na divulgação, principalmente dos atos legais (editais), o que deixou de existir, de uns tempos para cá.
As causas deste desmonte, passa por vários fatores, como a falta de aperfeiçoamento, dos responsáveis (editores, revisores e repórteres), o apadrinho político na criação de novos títulos, sem a mínima busca dos meios legais, com tal finalidade, a criação de jornais online, como o da Associação Matogrossense dos Municipíos -AMM, que retirou uma fatia econômica dos jornais do interior, alguns até como órgãos oficiais do município, que passaram a não contar mais com a fatia financeira, tão necessária a subsistência dos jornais. Se alguns sobrevivem, são a duras penas, a trancos e barrancos e sempre no vermelho.
Enfim, a falta de apoio e reconhecimento por parte de autoridades, onde a SECOM, utiliza os recursos, sempre direcionados aos interesses políticos daqueles que estão no Poder, mas na contra-mão dos interesses coletivos.
Incentivar e apoiar a criação de períódicos clandestinos é uma afronta tão corriqueira pelos administradores, a nível municipal e estadual, que em determinada época todos os proprietários de jornais locais eram chamados de picaretas, não se respeitando a seriedade de muitos.
Alguns exemplos de apoios aos jornais locais, mudaram a história de munícípios e estados brasileiros que hoje são chamados de mais adiantados, e isto tem uma parte importante da imprensa, que muitos chamam de pequenos, mas que na realidade, no município onde se encontram, são os maiores, por divulgarem os interesses locais.
Concluindo, queremos alertar, que todo aquele que tolhe ou deixa de apoiar os trabalhadores de uma imprensa local,  no município ou no estado, serão lembrados como os carrascos da nova era, nesta guerra fria, em que, quem tem a informação tem a maior riqueza, onde a traça não corroe e o ladrão não possa roubar. 
Ainda há tempo para se corrigir esta situação, basta determinação e interesse, dos responsáveis, pela divulgação democrática dos atos. Na política, que haja a DEMOCRATIZAÇÃO E INTERIORIZAÇÃO DA MÍDIA INSTITUCIONAL.
(Francisco Delmondes Bentinho - e-mail: fd.bentinho@uol.com.br) 

ALGUNS EXEMPLOS...

(Editorial do Diário de Cuiabá 02/02/2013)


No Congresso Nacional parlamentares mato-grossenses protagonizaram alguns atos dignos de destaque na memória do Estado Brasileiro e de sua gente ordeira e trabalhadora.

Em 8 de junho de 1964, no auge dos anos de chumbo da ditadura militar, o presidente Castelo Branco lançou mão do Ato Institucional Número 1 para cassar o mandato de senador por Goiás e os direitos políticos de um dos maiores estadistas da América Latina em todos os tempos, Juscelino Kubitschek de Oliveira, ou simplesmente JK.

Quando da cassação de Juscelino Kubitscheck o ministro do Planejamento era o eminente mato-grossense, professor, economista, embaixador, escritor e pensador Roberto de Oliveira Campos. O presidente Castelo Branco pediu ao ministério que assinasse a sentença de morte política de JK, mas Roberto Campos recusou-se a apor sua assinatura. Em tom respeitoso, porém incisivo, disse que não se deixaria violentar compactuando com aquela decisão da dita Revolução de Março de 1964.

Roberto Campos colocou o cargo à disposição de Castelo Branco, que, no entanto, o manteve, porque naquele delicado momento o Brasil precisava muito da inteligência daquele ilustre mato-grossense agora de saudosa memória, para atravessar turbulências econômicas internas e injunções da economia mundial à época em profunda transformação.

As gargantas brasileiras ficaram roucas e secas de tanto gritar por eleição direta para presidente da República. Isso, quando o então deputado federal mato-grossense Dante Martins de Oliveira apresentou a emenda que se tornou conhecida por Diretas-já.

Em 25 de abril de 1984, submetida à votação na Câmara, a emenda das Diretas-já recebeu a maioria dos votos dos deputados, mas não o suficiente para alcançar o necessário à sua aprovação.

A emenda murchou pela força governista que sustentava o poder emanado das baionetas, mas fora do âmbito institucional ela foi a semente que fez brotar o sol da liberdade sobre o Brasil, antecipado o fim da ditadura com seus tribunais de exceção.

Roberto Campos e Dante de Oliveira são dois grandes exemplos da dignidade política mato-grossense. Desde ontem, a eles se juntou o senador pedetista Pedro Taques, estreante na vida pública, que num gesto de desprendimento e grandeza democrática assumiu uma anticandidatura à presidência do Senado fazendo da sua a voz da oposição democrática ao controle dos poderes políticos da Nação por um grupo suprapartidário que preocupa quem defende e sonha com o Brasil plural.

Com determinação e de cabeça erguida, Pedro Taques foi ao sacrifício sem deixar que seu sorriso de esperança por dias melhores cedesse lugar às lágrimas de fraqueza e submissão.

Mato Grosso ganhou com o gesto do senador Roberto Campos. Ganhou com o desafio lançado pelo deputado federal Dante de Oliveira. Ganhou com a anticandidatura de Pedro Taques, porque ela simbolizou o desejo de mudança que está no inconsciente coletivo nacional. 

Editorial do Diário de Cuiabá - Online do 02/02/2013

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