quarta-feira, 11 de abril de 2012

ALUNOS PAGAM A ENERGIA ELÉTRICA DA ESCOLA PARA PODER ESTUDAR




Falta de infraestrutura esta é a palavra que define bem a situação vivida por 17 alunos da extensão da Escola Estadual Sol Nascente, que fica a 36 Km de Confresa, na região conhecida como Terra Rocha.
Na extensão escolar não tem energia elétrica própria, a eletricidade utilizada vem da igreja católica que fica próxima à escola, uma espécie de rabicho. O mais surpreendente é que parte de uma das contas de energia do ano passado foi paga pelos alunos e não pela SEDUC (Secretaria Estadual de Educação), além disso não tem bebedouro e nem banheiros.
 
 “Ano passado a comunidade da igreja cobrou de nós estudantes para que pagássemos a conta, assim fizemos, mas este ano não iremos pagar conta nenhuma, pois este dever é da SEDUC” disse um dos alunos.
 
Para poder fazer suas necessidades fisiológicas alunos usam o banheiro de uma igreja vizinha da extensão, que não tem vaso sanitário e nem pia.
 
Em dias muitos quentes quando as temperaturas variam entre 35 e 39°, os alunos são obrigados a estudar embaixo de um pé de manga, pois na sala de aula não tem ventiladores, as aulas na unidade acontecem nas terças e quintas-feiras.
 
Já para poder beber água os alunos tem que trazer de casa em litros e garrafas térmicas. “Se quisermos beber água temos que trazer de casa, pois não há bebedor na escola”, desabafou um aluno.
 
“Aqui não tem banheiro, não tem água, nós  usamos o banheiro da igreja que também está quase caindo e não tem como a gente estudar na sede, só estamos aqui porque temos vontade de estudar” explicou o aluno Juvenal Jesus dos Santos, de 41 anos.
 
Para o professor, Geaneis Pereira, que dá aula cerca de 2 meses , é desafio lecionar dessa forma. “É um desafio enquanto educador, a infraestrutura ajuda os alunos a ter um ensino melhor, dessa forma é um pouco desgastante”, disse o professor.
 
Segundo ele a solução para o problema seria oferecer transporte para os alunos para eles poderem estudar na sede. ‘’ Se houvesse um transporte para levar estes alunos para estudar na sede, resolveria o problema e não precisaria construir nada aqui”, explicou  Geaneis Pereira.
 
Outro problema enfrentado pelos alunos é para chegar à extensão, as estradas vicinais do munícipio que dão acesso à unidade estão em péssimas condições.
 
O outro lado:
 
Por telefone a Assessora pedagógica da SEDUC, Evany Costa, de Confresa, disse ter conhecimento da extensão e explicou que os alunos estudam lá por ser mais próximo de suas casas, porém a SEDUC oferece um boa estrutura na escola sede que segundo ela fica a 15 Km da extensão.
 
“A escola da terra rocha é anexa a uma escola sede, onde SEDUC já propôs a comunidade escolar local, um atendimento em melhor estrutura na escola Sol Nascente que é a escola sede da extensão terra rocha, onde possui bebedouros, banheiros, ventilação e energia própria e fica distante apenas 15 km da comunidade e ainda há transporte escolar disponível aos alunos. A situação enfrentada pelos alunos é vivenciada pelo fato da comunidade escolar local ter proposto em 2010 o interesse em estudar naquele local por ser mais próximo de casa”, explicou a Assessora pedagógica Evany Costa.
 
Assessora pedagógica da SEDUC, Evany Costa disse ao Agência da Notícia que há transporte para a escola sede, porém os alunos disseram não há o transporte.

Agência da Noticia

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